O Leão e a Ratinha

26-01-2014 20:39

 
 

Certo dia, uma ratinha perdeu-se na selva.

“Oh! Onde é que estou? Estou perdida!”

Tentou encontrar o caminho de regresso mas não conseguiu.

“O que hei-de fazer?”, perguntou ela a si própria. A ratinha estava muito assustada e começava a estar esfomeada.

Foi então que viu algo amarelo a mexer nas ervas.

“Que curisoso!” Aproximou-se, tocou-lhe e deu-lhe uma mordidela.

A ratinha não sabia que aquilo era, realmente, a ponta da cauda de um grande leão.

“UARRRRRR! Quem se atreve a tocar na minha cauda?”

A ratinha ficou muito surpreendida e a tremer.

“Oh, não! Majestade, as minhas desculpas. Por favor, perdoe-me.”

“Mas… o que é isto? Tu não passas de uma ratita. Como te atreves a mexer na minha cauda?!” E o leão abriu a boca para comer a pobrezinha.

“Espere! Espere! Eu sou muito pequenina para comer. Por favor, deixe-me ir. Prometo que o ajudarei qualquer dia.

“o quê? Ah! Ah! Ah! Como é que tu, uma ratinha magricelas, me poderias ajudar? Eu sou o rei da selva. Não preciso da ajuda de ninguém.

“Mas…visto que já me fizeste rir, vou libertar-te. Ah! Ah! Mas que ratita divertida. Ah! Ah! Ah!”

“Obrigada! Muito obrigada, majestade. Qualquer dia, quem sabe se não o poderei ajudar?!”

A ratita desapareceu rapidamente, antes que o leão mudasse de ideias.

Alguns dias depois a ratita ouviu uns rugidos aflitivos que ecoavam pela selva. “O que será aquilo? Talvez seja o rei leão em problemas.” Correu rapidamente na direção de onde vinham os rugidos.

O leão estava preso numa rede grossa e forte. Parecia muito triste. Já não era o rei da selva.

“Ah! Aqui está a minha oportunidade de lhe mostrar quem sou eu.” A ratita correu para junto do leão.

“Meu rei, não se preocupe. Estou aqui para ajudá-lo.”

“Oh, és tu outra vez. Mas…como é que me podes ajudar? És demasiado pequena para isso.”

“Veja. Vou roer a rede. Depois, poderá escapar.”

A ratita roeu, roeu, roeu, até fazer um grande buraco na rede. Em breve, o leão furou pelo buraco e ficou livre.

“Oh, muito obrigado, amiga ratinha! Cumpriste a tua promessa e salvaste-me a vida. Nunca mais na minha vida vou julgar alguém pelo seu tamanho.”

 
Voltar